RELÓGIO

sábado, 8 de setembro de 2012

A trajetória política de Chiquinho

A trajetória política de Chiquinho

         Único político potiguar a vencer dez eleições municipais seqüenciais, e um dos poucos brasileiros a contabilizar cinco mandatos de prefeito e a ter 23 anos de administração.
         Chiquinho Germano foi o primeiro prefeito de Rodolfo Fernandes, eleito em 1º de dezembro de 1963, derrotando seus dois opositores: Raimundo Honorário Cavalcante e o saudoso Gonçalo de Freitas Rêgo, quando tomou posse em 1º de fevereiro de 1964, recebendo o município recém-criado das mãos do prefeito interino, Sr. João Câncio Vieira (20/10/1905 – 20/07/1989), que havia administrado o município no período de 28 de Fevereiro de 1963 a 1º de Fevereiro de 1964, que realizou as primeiras eleições em 1963, apoiando o Sr. Gonçalo de Freitas,  vice-prefeito e prefeito de Portalegre, o qual era o seu secretário-geral, que conquistou a terceira colocação. Foi a primeira vitória do nosso grande líder político Chiquinho.
         Nas três eleições subseqüentes: 15 de Novembro de 1968, 15 de Novembro de 1972 e 15 de Novembro de 1976, Francisco Germano apoia e  indica  correligionário para o cargo de prefeito, ganhando em 1968 com a vitória de Antonio Cavalcante Pinto e seu companheiro de chapa, Sr. José Honório Cavalcante, vulgo “Dé”, que venceram seus concorrentes: Francisco Silveira Guimarães (12 de junho de 1911) e Raimundo Honório Cavalcante – Bento Honório (21 de março de 1927), prefeito e vice-prefeito respectivamente, com os seguintes resultados:
         Antonio Cavalcante Pinto (ARENA-2) – 411 votos e Francisco Silveira Guimarães (ARENA-1), com 342 votos. Maioria em prol de Antonio Pinto foi de 69 sufrágios.
         Em 1972 não ouve disputa política na cidade de Rodolfo Fernandes. Chiquinho poderia ter sido candidato, mas não foi. Preferiu indicar seu amigo e secretário-geral, Francisco Maia de Lucena, que foi candidato único, que obteve 733 votos, contra 84 votos em brancos.
         Em 1976, Chiquinho apoiou o seu amigo, o saudoso José Negreiros de Oliveira (02/01/1940 – 22/02/1996), que venceu o pleito eleitoral juntamente com seu vice-prefeito. Sr. Francisco Barbosa Filho, que venceram seus opositores: Elias Cavalcante de Menezes (16/06/1925 – 26/02/1996) e Maria Salete de Lima (04/12/1931), ambos do MDB, com o seguinte resultado:
         José Negreiros de Oliveira (ARENA), com 903 votos e Elias Cavalcante (MDB), com 354 votos. Maioria em prol de José Negreiros foi de 549 votos.
         Em 1982, Francisco Germano foi candidato pela legenda do PDS, antiga ARENA, juntamente com seu companheiro de chapa, Sr. Raimundo Honório Cavalcante, que venceram os senhores Elias Cavalcante de Menezes e Luzimar de Freitas, ambos do PMDB, antigo MDB, com os seguintes resultados:
         Francisco Germano Filho, com 1.836 votos e Elias Cavalcante, com apenas 245 votos. Maioria em prol de Chiquinho foi de 1.591 sufrágios.
         Verifica-se que no pleito eleitoral de 15 de Novembro de 1982, Chiquinho foi buscar um adversário para compor sua chapa, haja vista que Bento Honório desde as primeiras eleições municipais de Rodolfo Fernandes, em 1963, já era inimigo político de Francisco Germano. Atualmente, Bento Honório faz oposição a Chiquinho, através de seu filho, Dr. Manoel de Freitas, vereador eleito em outubro de 2004.
         Chiquinho Germano e Bento Honório tomaram posse em 31 de Janeiro de 1983, passando seis anos no cargo, governando até 31 de Janeiro de 1989.
         Em 1988, Chiquinho Germano apoiou oficialmente o seu sobrinho, Francisco Germano Silveira Beto (21/03/1964), filho de seu irmão, Sr. João Queiroz da Silveira (18/03/35), e que hoje é um dos principais adversários político do tio. O companheiro de Silveira foi o saudoso Antonio Simão (25/12/1914 – 8/11/2004), que derrotaram seus opositores Francisco Itamar de Holanda e Ana das Graças Cavalcante, ambos do PMDB, com os seguintes resultados:
         Francisco Germano Silveira Neto (PDS), com 2.692 votos e Francisco Itamar (PMDB), com 437 votos. Maioria em prol da Silveira foi de 2.255 sufrágios.
         Em 03 de Outubro de 1992, Francisco Germano voltou a ser eleito prefeito de Rodolfo Fernandes, que teve como companheiro de administração, o Sr. José Monteiro Sobrinho, o Monteirinho, filho do ex-prefeito Antonio Cavalcante Pinto, que venceram seus concorrentes: Francisco Itamar de Holanda e Raimundo Nonato Ricarte de Oliveira, ambos do PMDB, com o seguinte resultado:
         Francisco Germano Filho (PFL), com 2.755 votos e Francisco Itamar de Holanda (PMDB), com 278 votos. Maioria em prol de Chiquinho foi de 2.477 sufrágios, maior maioria de todos os tempos neste município. Nessa eleição, Chiquinho Germano fez os nove vereadores da Câmara Municipal.
         Em 1996 não houve disputa eleitoral no município de Rodolfo Fernandes, como aconteceu em 1972, Chiquinho Germano fez de tudo para indicar seu grande amigo e correligionário, o então secretário de Administração Francisco Martins Cavalcante, conhecido popularmente pelo apelido de “Titico de Dé” (08/10/1953), filho do vereador José Honório Cavalcante. Titico foi candidato único e obteve 2.568 votos (80,12%), contra 597 votos em branco (18,63%). O esforço de Chiquinho em prol de Titico foi em vão, já que em poucos meses de administração romperam. Ambos se enfrentaram nas eleições municipais de 1º de Outubro de 2000.
         Em 2000, Chiquinho voltou a ser candidato a prefeito de Rodolfo Fernandes, colocando uma enorme pedra na sucessão de Titico de Dé, que apesar de ter puxado boa parte dos correligionários de Francisco Germano Filho, como: Dr. Ivan, Antonio Simão, Seu pai Dé, Alma, Benigno Monteirinho e Francisca Monteiro. Além de ter se aliado com a oposição através dos políticos: Bento Honorário, Itamar, Dr. Manoel, Chico Bento, Chiquinho Silveira, Seu Gonçalo e Elias de Arquilino, e além do total apoio do governador Garibaldi Alves Filho, Titico perdeu para Chiquinho com uma diferença significativa de 354 votos. Eis o resultado final dessa campanha política:
         Francisco Germano Filho, com 1.915 votos (55,09%) e Francisco Martins, com 1.561 votos (44,91%).
         Com certeza, Titico não havia aprendido a lição do velho líder, apesar de ter passado 20 anos na função de secretário municipal da Prefeitura de Rodolfo Fernandes, o qual iniciou nesse ofício no ano de 1977, na então administração de José Negreiros de Oliveira, passando pelas administrações subseqüentes: 1983, com Chiquinho; 1989, com Silveira; e 1993, novamente com Chiquinho. Ele deveria ter muita experiência em administração, porque, diga-se de passagem, criou-se dentro da Prefeitura na condição de secretário de Administração. Porém, quando chegou ao topo do poder municipal se perdeu todo, fazendo uma péssima administração, mesmo fazendo algumas obras importantíssimas na cidade, mas não teve o devido carinho com o funcionalismo público, deixando que os salários atrasassem por seis meses, como também não recebeu o carisma da população, talvez, não por ele, e sim, por algumas pessoas de seu governo, tendo em vista que Titico além de sua experiência é realmente uma pessoa de um comportamento excepcional.
         No pleito eleitoral 2000, Chiquinho ganhou a campanha juntamente com seu companheiro de chapa, o vice-prefeito de Titico, o empresário Francisco Barbosa Monteiro da Silva. Enquanto, Francisco Martins foi derrotado juntamente com o ex e atual aliado de Chiquinho, o Dr. Ivan Brasil.
         No dia 03 de outubro de 2004, Chiquinho Germano foi eleito pela quinta vez prefeito do município de Rodolfo Fernandes, se tornando assim o único potiguar a vencer dez eleições municipais seqüenciais, sendo um dos poucos brasileiros a contabilizar cinco mandatos de prefeito e a ter 23 anos de administração.
         Na campanha política de 2004, Chiquinho teve que enfrentar quatro ex-prefeitos: Bento Honório. Antonio Simão, Fransquim e Monteirinho. Todo esse poderoso esquema político oposicionista foi arquitetado pelo ex-correligionário e sobrinho Francisco Germano Silveira Neto, que firmou sua candidatura pelo PSB e com apoio do PMDB e PSDB, o qual era até 29 de setembro de 2003 o secretário de Agricultura. Rompido com seu tio e prefeito, foi buscar na tradicional oposição municipal comandada  por Itamar Holanda, e de um bloco desistente da oposição, anteriormente comandada por Titico de Dé, e atualmente por Silveira, tentaram quebrar a invencibilidade de Chiquinho Germano, porém, ainda não foi dessa vez que o velho e querido alcaíde sentiu o dissabor de uma derrota.
         Na campanha passada, Silveira enfrentou empecilho, seu pai João Queiroz da Silveira (18/03/1935) e sua mãe Dona Maria de Lourdes Dantas de Queiroz – “Dorinha Queiroz” (11/12/1942), os quais denominaram total apoio a Chiquinho Germano, que sendo uma raposa velha fez gol fantástico ao escolher sua vice-prefeita, a agrônoma Jacinta Queiroz Silveira (14/05/1976), irmã de Silveira e, por conseqüência, também filha do casal João Queiroz/Lourdinha. Dos seis irmãos de Silveira, ele apenas conquistou dois: Antônio Plácido Dantas Queiroz (14/05/1972), então secretário da Infra-Estrutura Urbana e Bernadete Queiroz da Silveira (29/08/1981). Ele, Silveira foi buscar o seu vice-prefeito Francisco Edivaldo da Silva, filho de Elias de Arquino, um velho tradicional adversário político de Chiquinho.

Disputa Política de 2004.
A dúvida perdurou na política de 2004, já que durante a campanha, tanto a oposição como a situação, acreditava numa vitória, principalmente, a situação devido ao grande esquema político montado como havia falado anteriormente. As urnas falaram o seguinte: Francisco Germano Filho, 2.002 votos (56,78%) e Francisco Germano Silveira Neto, 1.524 sufrágios, assim sendo aconteceu novamente mais uma vitória de Chiquinho, com uma maioria de 478 votos.

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